segunda-feira, 25 de junho de 2018

Carro Combate 44 ton. 90 mm M47 m/1952

Quantidade: 122 (cento e vinte e dois).
Utilizador: Exército Português.
Comissões: n/a.
Entrada ao serviço: 1952.
Data de abate: 1984.

DADOS TÉCNICOS
Construtor: Detroit Tank Arsenal e American Locomotive Company/Estados Unidos da América.
Guarnição: 5 (chefe de carro, apontador, municiador, condutor e metralhador).
Motor: 1x Continental AV-1790-5B V12, a gasolina, com 810 hp de potência às 2.800 rotações.
Dimensões: comprimento 8,50 metros; largura 3,50 metros; altura 2,95 metros; distância ao solo 0,47 metros.
Blindagem: 13 a 110 mm de aço.
Peso: vazio 44.000 kg; bruto 46.000 kg.
Possibilidades: velocidade (máxima/cruzeiro/TT) 48/40/20 km/h; obstáculo vertical 0,90 metros; vau máximo 1,20 metros; vala máxima 2,60 metros; declive máximo 60 %; inclinação lateral máximo 45%.
Autonomia: 120 km com capacidade de depósito de 880 litros.
Armamento: 1x peça M36/T119E1 de 9 cm com 77 munições; 2x metralhadoras (coaxial e proa) Browning M1919E4 de 7,62 mm com 11.150 munições; 1x metralhadora (AA) Browning M2HB de 12,7 mm com 1.700 munições e 6 granadas de mão.
Outros equipamentos: 1x posto de rádio SCR-508/528 e AN/VRC-3; 1x telefone exterior RC-298 ou AN/VIA-1; 1x periscópio de infravermelhos M19 para condutor; 1x estereoscópio M12; extintores portáteis.
Histórico: entrou ao serviço do Exército Americano em 1952. Utilizado por Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Croácia, Etiópia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Itália, Irão, Jugoslávia, Jordânia, Paquistão, Portugal, Taiwan, Turquia.

DESENVOLVIMENTO
O M47 foi desenvolvido no começo dos anos 50, consiste na torre do carro de combate médio T42, no casco do carro de combate médio M46.
Foram produzidos 8.676 carros, sendo rapidamente substituídos pelo M48 no Exército dos Estados Unidos da América, muitos foram fornecidos para outros países através de programas de assistência militar, tendo estes por sua vez sido substituídos por carros mais modernos.
O condutor está sentado na frente, do lado esquerdo, com metralhador do lado direito, a torre no centro e motor e transmissão na traseira. O comandante e apontador estão sentados, na torre à direita e municiador na esquerda. A peça de 9 cm tem elevação de +19º a -5º e rotação de 360º, dispara munições APC-T, APERS-T, AP-T, HE, HE-T, HEP-T, HEAT, HVAP-T, HVTP-T e de fumo. A metralhadora coaxial de 7,62 mm está montada à esquerda da peça com metralhadora similar na frente, alguns países retiraram esta metralhadora para acomodar mais munições, uma metralhadora de 12,7 mm está montada na cúpula do comandante.

PERCURSO EM PORTUGAL
Em 1953, iniciou-se a mobilização de diversas unidades para a formação da 1ª Divisão de Infantaria, a concentrar no Campo Militar de Santa Margarida para as primeiras manobras a realizar no âmbito NATO. Entre as unidades organicas desta grande unidade, estava previsto um Grupo de Carros de Combate cujo encargo de mobilização recaiu sobre o Regimento de Cavalaria nº 3.
O Grupo de Carros de Combate nº 1 foi, então, equipado com 45 (quarenta e cinco) carros que foram distribuidos por dois Esquadrões de Carros de Combate.
As manobras decorreram durante o mês de Outubro de 1953, ficando posteriormente os carros à carga no 1º Grupo de Esquadrões de Carros de Combate do Regimento até Maio de 1954, altura em foi extinto.  
Em 1955, estavam distibuidos da seguinte forma:
- 66 (sessenta e seis) na Escola Practica de Cavalaria, transferidos do Regimento de Cavalaria nº 5, sendo 60 (sessenta) destinados aos 3 (três) Esquadrões dos Carros de Combate do Grupo de Carros de Combate da Divisão (1 Esquadrão a 4 Pelotões de 5 carros), 3 (três) ao Pelotão de Comando e Serviços do Grupo de Carros de Combate da Divisão e 3 (três) ao Esquadrão de Carros Escolares, não pertencentes à Divisão.
- 45 (quarenta e cinco) no Regimento de Cavalaria nº 8 constituindo 3 Esquadrões de Carros de Combate Independentes da Divisão.
- 1 (um) no G.C.T. Auto destinado à instrução.
Prestaram serviço no Regimento de Cavalaria n.º 3.
Nenhum carro do Exercito Português apresentava as saias laterais, protectoras do rodado.
O Museu Militar de Elvas, possui um exemplar no seu inventário (MME50071), sendo que outro encontra-se exposto ao ar livre na Aldeia de Penha Garcia, Idanha-à-Nova (N 40° 02.520 W 007° 01.082), actualmente um M47 está em fase de restauro pela APVM..

MATRICULAS
MG-00-41 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-54 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-58 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-59 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-64 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - processo de restauro pela APVM (Museu Militar de Elvas).
MG-00-72 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-73 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-92 ("Pateta") - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-00-94 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-01-17 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 -para sucata.
MG-01-40 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-01-57 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 -para sucata.
MG-01-58 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 -para sucata.
MG-01-72 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-01-93 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-01-96 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
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MG-02-12 ("Luva") - c/n - prev. s/n -  o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-02-14 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-02-45 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
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MG-02-56 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 -para sucata.
MG-02-63 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-02-66 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-02-89 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-02-91 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-03-21 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-03-48 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
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MG-04-00 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 -para sucata.
MG-04-10 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-04-15 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-04-17 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
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MG-04-29 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-04-34 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-04-35 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-04-41 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-04-54 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-07-10 ("Manjacaze") - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 -para sucata.
MG-07-46 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
ME-17-78 ("Musana") - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para Museu Militar de Elvas.
MG-17-83 ("Solteirão") - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-18-02 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-67-51 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
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MG-77-21 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
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MG-77-35 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-77-37 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-97-16 - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-97-18 ("Elvas") - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-97-25 - c/n - prev. s/n -  o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
MG-98-02 ("Castiço") - c/n - prev. s/n - o/c 1952 - wfu 1984 - para sucata.
 
o/c - on charge
w/o - write off
wfu - withdraw from use
 
ENTREGAS
1952 - 05 carros
1953 - 99 carros
1954 - 00 carros
1955 - 18 carros
 
ESQUEMA DE PINTURA
Para a pintura dos carros da 1ª BMI (Brigada Mista Independente), o casco, rodado e a torre, pintado de verde-azeitona ou verde-artilharia, fosco. Em ambos os lados da torre, pintado a branco, o número do carro constituído por três algarismos. O significado deste número, suponho, que seja o seguinte: 1º algarismo: o esquadrão; 2º: o pelotão e o 3º: o carro.
Na traseira da torre, aparecia o símbolo do Grupo de Carros de Combate, com as letras a branco. Este consistia, nas letras RCSM (Regimento de Cavalaria de Santa Margarida), sobrepostas pelas letras GCC (Grupo de Carros de Combate), com as espadas de cavalaria cruzadas por baixo, e abaixo destas as letras 1ª BMI.
Para a pintura dos carros dos carros da Escola Prática de Cavalaria, o casco, rodado e a torre, pintado de três tons: areia, castanho e verde. Em ambos os lados da torre, aparecia o símbolo da EPC. 

MODELISMO
https://www.scalemates.com/search.php?fkSECTION%5B%5D=All&q=M47+Patton

FONTES
COSTA, Luís - Jornal do Exército (Secção Modelismo) - Novembro/Dezembro 1993 e Janeiro 1994.
MAIA, Salgueiro - Anotações para a história dos blindados em Portugal - (7) - Jornal do Exército - Outubro 1982.
COUTINHO, Pereira - Exército Português Carros de Combate (2ª Parte) - Revista de Cavalaria - Janeiro - Abril 2013.
http://afvdb.50megs.com/usa/m47patton.html.
Arquivo de Defesa Nacional.
Ficha de Material do Exército Português.

M47 "Patton"
M47 "Patton"

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