Quantidade: 260 (duzentos e sessenta).
Utilizador: Exército Português.
Comissões: Kosovo (1999-2001).
Entrada ao serviço: 1976.
Data de abate: activo.
DADOS TÉCNICOS
Construtor: United Defense Corporation/Estados Unidos da América.
Guarnição: 1+12 (condutor, apontador e onze elementos).
Motor: 1x Detroit 5063-5299 V6, a gasóleo, com 212 hp de potência às 2.800 rotações.
Dimensões: comprimento 4,86 metros; largura 2,69 metros; altura 2,50 metros; distância ao solo 0,48 metros.
Blindagem: até 44 mm de alumínio tipo 5083.
Peso: vazio 9.702 kg; bruto 11.156 kg.
Possibilidades: velocidade
(máxima/cruzeiro/TT) 64/40/20 km/h; obstáculo vertical 0,70 metros; vala máxima 1,67 metros; vau máximo anfíbio; declive máximo 60 %; inclinação lateral máxima 20 %.
Autonomia: 475 km com capacidade de depósito de 360 litros.
Armamento: 1x metralhadora Browning M2HB de 12,7 mm com 2.000 munições.
Outros Equipamentos: 1x periscópio M19 (condução nocturna infravermelhos); 7x periscópio M17 (condução); 1x posto rádio E/R AN/VRC-12, AN/VRC-46, AN/VRC-47, AN/VRC-62 (conforme missão).
DESENVOLVIMENTO
O M113 resultou de um pedido americano, em meados dos anos 50, de uma viatura de infantaria ligeira, anfíbia e aerotransportável. A produção começou no principio da década de 60, tendo sido construídos, desde então, 70.000 viaturas, exportadas para quase 50 países. A viatura tem sido constantemente actualizada para às exigências dos nossos dias. Por exemplo, as versões iniciais não conferiam qualquer protecção ao atirador, o que foi tido como prioritário na sequência das experiências de combate, no Vietname, Médio Oriente, Norte de África e Extremo Oriente. As diferentes versões incluem transporte de morteiros, posto de comando, artilharia antiaérea e lança-chamas. O M113 vai manter-se no activo no século XXI e provavelmente tornar-se-á a viatura blindada mais construída e utilizada.
DESENVOLVIMENTO
O M113 resultou de um pedido americano, em meados dos anos 50, de uma viatura de infantaria ligeira, anfíbia e aerotransportável. A produção começou no principio da década de 60, tendo sido construídos, desde então, 70.000 viaturas, exportadas para quase 50 países. A viatura tem sido constantemente actualizada para às exigências dos nossos dias. Por exemplo, as versões iniciais não conferiam qualquer protecção ao atirador, o que foi tido como prioritário na sequência das experiências de combate, no Vietname, Médio Oriente, Norte de África e Extremo Oriente. As diferentes versões incluem transporte de morteiros, posto de comando, artilharia antiaérea e lança-chamas. O M113 vai manter-se no activo no século XXI e provavelmente tornar-se-á a viatura blindada mais construída e utilizada.
A VBTP M113 fornece à infantaria mobilidade igual a um Carro de Combate (CC) M60, apenas com menor poder de fogo e protecção contra armas de calibre reduzido e alguns fragmentos de granadas de artilharia. Tem capacidade anfíbia com algumas limitações, eficaz na maior parte dos terrenos difíceis e em qualquer tipo de condições atmosféricas, silhueta média e é detectável devido ao ruído que produz. Tem capacidade para transportar até 13 soldados, não permitindo aos soldados combaterem dentro da viatura e são um alvo vulnerável contra carros de combate, armas anticarro e mísseis.
PERCURSO EM PORTUGAL
PERCURSO EM PORTUGAL
Foram atribuídas à Brigada Mecanizada Independente/Brigada Mecanizada aquartelada em Santa Margarida distribuídas ao Esquadrão de Reconhecimento, Grupo de Carros de Combate, ao 1º e 2º Batalhão de Infantaria Mecanizado e à Companhia de Engenharia, assim como à Escola Prática de Infantaria e Cavalaria.
Com a implementação da Lei Orgânica de 1993, o Pelotão de Reconhecimento (PelRec) passa a somar dez viaturas, incluindo viaturas com armas anticarro (VBTP M113A2 TOW). No entanto, devido à dificuldade de fornecer ao PelRec o sistema anticarro, nunca passou da teoria à prática, mantendo-se as
cinco viaturas. Este foi um factor decisivo na reestruturação de 2006, que aprova uma orgânica do PelRec a cinco viaturas M113A1. Actualmente o pelotão para missões em NATO Response Force39 (NRF) é constituído por 10 VBTP M113A1, sem capacidade anticarro.
cinco viaturas. Este foi um factor decisivo na reestruturação de 2006, que aprova uma orgânica do PelRec a cinco viaturas M113A1. Actualmente o pelotão para missões em NATO Response Force39 (NRF) é constituído por 10 VBTP M113A1, sem capacidade anticarro.
Esta orgânica era composta por dez viaturas, seis VBTP M113A1 e quatro VBTP M113A2 TOW, contabilizando um total de 38 militares. A organização deste PelRec constituía-se pelo Comando e duas Secções. No Comando, existiam duas VBTP M113 A1, em que uma é para o Cmdt Pel, condutor VBTP e apontador da metralhadora pesada (ApMP) e outra para o Sarg Pel, condutor VBTP e Ap. MP, contabilizando um total de seis homens. As duas secções era constituída cada uma por duas esquadras e tinham cada uma quatro VBTP, em que duas delas são VBTP M113 A1 e as outras duas VBTP M113 A2
TOW, num total de trinta e dois homens.
TOW, num total de trinta e dois homens.
Com o Decreto-Lei nº61/2006 de 21 de Março, Lei Orgânica do Exército, reduziu-se substancialmente no efectivo do pelotão, de trinta e oito para vinte e quatro militares e passou a ser constituída por apenas cinco VBTP M113 A1. Esta orgânica encontra-se também organizada pela Secção de Comando e por duas Secções. A Secção de Comando contém uma viatura, um condutor, um atirador explorador que tem como função ser o apontador da metralhadora pesada, o Cmdt Pel e o Sarg Pel. As duas secções, cada uma também com duas esquadras, são guarnecidas por vinte militares, quatro VBTP M113 A1. Cada esquadra é constituída pelo Cmdt de Sec ou Cmdt Esq e dois atiradores exploradores além do Ap. MP e do condutor.
Esta orgânica foi proposta quando em NATO RESPONSE FORCE 5 pelo 1ºBIMec, baseada na estrutura orgânica anterior à reestruturação e também no PelRec da Infantaria Mecanizada (HMMWV), sem as armas anticarro e com o efectivo de 30 militares, constituída pelo Comando e duas Secções. O Comando é constituído por duas viaturas, uma para o Cmdt Pel e outra para o Sarg Pel, com apenas um atirador explorador, que acumula função de apontador da metralhadora pesada, e os condutores respectivos. As Secções possuem 4 viaturas respectivamente, em que cada secção tem um Cmdt Sec e Cmdt Esq e dois chefes de equipa. Tem apenas por cada viatura, a esquadra de viatura e a esquadra de manobra. A esquadra de viatura é constituída pelo condutor e o apontador da metralhadora pesada, enquanto a esquadra de manobra é apenas constituída pelo chefe de viatura e o atirador explorador que acumula função de apontador da metralhadora pesada. O que perfaz um total de 3 militares por viatura, existindo uma lacuna a nivel de funções, já que o Ap MP Browning .50 acumula também funções de Atirador Explorador que nunca pode realizar as duas funções ao mesmo tempo, limitando a flexibilidade do pelotão.
No Kosovo foram destacadas 10 viaturas, sendo utilizadas pelo Agrupamento DELTA da Brigada Mecanizada Independente integrada na Brigada Multinacional do Oeste.
Pelo
despacho 1484/2020 de 16 de janeiro foram abatidos para alienação por via
de desmilitarização, desmantelamento e recolha com destino a sucata nove carros.
No 3º trimestre de 2022, Portugal cedeu, como ajuda militar, catorze carros da versão A1 à Ucrânia.
No 1º trimestre de 2023, Portugal cedeu, como ajuda militar, catorze carros da versão A1 à Ucrânia.
No 4º trimestre de 2023, Portugal cedeu, como ajuda militar, três carros da versão A1 à Ucrânia.
MATRICULAS
MX-02-38 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-06-55 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-16-26 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-27-40 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-36-11 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-41-42 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-41-44 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-43-01 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-43-02 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx.
MX-43-05 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-43-07 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-51-07 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-51-96 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-60-59 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-60-67 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-60-87 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-60-95 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-61-03 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-61-30 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-61-63 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-67-49 (CSR) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-72-71 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-75-06 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-75-17 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-75-18 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-75-19 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-75-20 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
MX-75-21 (APC) - c/n - prev. s/n - o/c 1976 - wfu xxxx -
o/c - on charge
w/o - write off
wfu - withdraw from use
VERSÕES
- Auto Maca Blindado M113A1 m/1976:
estas viaturas estão atribuídas ao Esquadrão de Reconhecimento e ao
Esquadrão de Comando e Serviços do Grupo de Carros de Combate e ao 1º e
2º Batalhão de Infantaria Mecanizado e tem capacidade para transportar
quatro macas no interior, duas de cada lado da viatura.
Exteriormente, não existem quaisquer diferenças, quando comparadas com a versão de transporte de pessoal, sendo apenas reconhecidas pela pintura, pois têm retângulos brancos com cruzes vermelhas pintadas à frente, em ambos os laterais, na traseira, na porta pequena e na parte superior da viatura.
Nesta versão, não é utilizada a metralhadora habitualmente montada na cúpula do chefe da viatura.
- Auto Blindado Lagarta M113A1 CSR 10,6 cm m/1976:
estas viaturas tinham uma peça sem recuo M40A1 de 106 mm, montado na parte
superior da viatura, do lado direito. O carregamento e o disparo eram
efectuados do compartimento traseiro da viatura, onde eram transportadas
as munições para a peça. Era, na realidade um M113A1 ao qual foi
adaptado uma peça sem recuo 106 mm M40A1 m/1956.
- Auto Blindado Lagarta TP12 M113A2 m/1982 Lança Misseis TOW: estas viaturas tinham um lançador de misseis TOW, montado na parte superior da viatura, do lado direito. O carregamento e o disparo eram efectuados do compartimento traseiro da viatura, onde eram transportadas as munições para o lançador. Era, na realidade um M113A1 ao qual foi adaptado um lançador de míssil TOW.
ENTREGAS
Julho de 1976 - 20 carros versão A1 (E.U.A.);
Dezembro de 1977 - 80 carros versão A1 (E.U.A.);
Junho de 1987 - 06 carros versão A1 (E.U.A.);
Abril de 1993 - 104 carros versão A1 (Holanda);
1993 - 50 carros versão G (Alemanha);
ESQUEMA DE PINTURA
O casco, pintado em verde-azeitona ou verde-artilharia, fosco, mas muitos deles variam de tonalidade devido a diversos factores. Entre estes salientamos o facto de que muitas destas viaturas foram colocadas em serviço com a pintura original do país que as forneceu. Outras foram pintadas, posteriormente, em pequenos lotes, e com diferentes tons de verde e no seu conjunto todas estão sujeitas aos efeitos da meteorologia, tais como exposição ao sol e à chuva que provocam um forte desgaste na pintura.
O casco, pintado em verde-azeitona ou verde-artilharia, fosco, mas muitos deles variam de tonalidade devido a diversos factores. Entre estes salientamos o facto de que muitas destas viaturas foram colocadas em serviço com a pintura original do país que as forneceu. Outras foram pintadas, posteriormente, em pequenos lotes, e com diferentes tons de verde e no seu conjunto todas estão sujeitas aos efeitos da meteorologia, tais como exposição ao sol e à chuva que provocam um forte desgaste na pintura.
As matrículas e os números de identificação das viaturas estão pintadas consoante as unidades a que estejam atribuídas e têm variado ao longo do tempo desde a formação da 1ª Brigada Mista Independente. Actualmente, existem viaturas com números e matriculas a branco sobre a pintura verde, viaturas com números pretos e matriculas brancas e ambas pintados de preto. Assim, é conveniente a consulta de fotografias para a escolha da viatura a reproduzir.
Consoante as unidades a que estão atribuídas também variam os símbolos táctitos e os símbolos das respectivas unidades.
MODELISMO
https://www.scalemates.com/search-solr.php?fkSECTION%5B%5D=All&q=m113
FONTES
MAIA, Salgueiro, Anotações para a história dos blindados em Portugal - (10), Jornal do Exército, Janeiro 1983.
Ficha de Material nº 12220.2350.05 do Exército Português.
COSTA, Luís, Jornal do Exercito (Secção Modelismo) - Março/Abril de 1995 (AMB).
COSTA, Luís, Jornal do Exercito (Secção Modelismo) - Dezembro de 1995 (CSR).
COSTA, Luís, Jornal do Exercito (Secção Modelismo) - Outubro/Novembro/Dezembro de 1994 e Janeiro 1995 (APC).
M113A1 |
M113A1 |
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