Carro Combate 51 ton. D 10,5 cm M60A3 TTS m/1992

Quantidade: 97 (noventa e sete).
Utilizador: Exército Português.
Comissões: n/a.
Entrada ao serviço: 1992.
Data de abate: 2018.

DADOS TÉCNICOS

Construtor: Detroit Arsenal Tank/Estados Unidos da América.

Guarnição: 4 (chefe de carro, condutor, municiador e apontador).

Motor: 1x Continental AVDS-1790-2CA V12, a gasóleo, com 750 hp de potência às 2.400 rotações.

Transmissão: 1x Tecmotiv Corp. CD-850-6A com 2 velocidades p/frente (baixa/alta) e 1 p/trás.

Dimensões: comprimento c/peça à frente 9,44 metros; comprimento do casco 6,95 metros; largura 3,63 metros; altura 3,28 metros; distância ao solo 0,46 metros.

Blindagem: 25 a 120 mm de aço.

Peso: vazio 48.684 kg; bruto 51.392 kg.

Pressão ao solo: 0,8343 kg/cm2.

Rodado: lagarta T-142 guarnecida a borracha.

Possibilidades: velocidade (máxima/cruzeiro/TT) 48/32/20 km/h; obstáculo vertical 0,91 metros; vau máximo 1,22 metros; vala máxima 2,59 metros; declive máximo 60 %; inclinação lateral máximo 30%.

Autonomia: 455 km com capacidade de depósito de 1.457 litros.

Armamento: 1x peça M68E1 de 10,5 cm com 63 munições; 1x metralhadora (coaxial) M240 de 7,62 mm com 6.000 munições; 1x metralhadora M85 de 12,7 mm com 900 munições; 2x6 lançadores de granadas de fumo M239 com 24 munições e 8 granadas de mão.

Outros equipamentos: 1x AN/VVS–2 (visão nocturna passiva); 1x telémetro a laser AN/VVG–2; 1x computador balístico M21; 1x periscópio infravermelho M24 para condutor; 1x câmara térmica AN/VSG–2; protecção contra guerra nuclear, biológica e química.

Histórico: ano de fabrico 1978 e entrou ao serviço do Exército Americano em 1979. Usado por Afeganistão, Arábia Saudita, Bósnia, Bahrain, Brasil, Egipto, Espanha, Estados unidos da América, Grécia, Jordânia, Marrocos, Oman, Portugal, Tailândia, Taiwan, Tunísia, Turquia.

DESENVOLVIMENTO
O carro de combate M60 é um desenvolvimento do carro de combate M48, com os primeiros protótipos fabricados em 1958 e os primeiros carros produzidos pela Chrysler Corporation, em Delaware, no ano seguinte. A partir de 1960, a produção mudou para Detroit e quando a produção cessou em 1987, cerca de 15.000 carros tinham sido fabricados para uso interno ou exportação.
O desenho é convencional com condutor na frente, torre no meio e motor e transmissão na traseira. Na torre, o comandante e apontador estão sentados à direita com municiador à esquerda. A peça de 105 mm é estabilizada com elevação de +20º a -10º com rotação de 360º. Sendo semiautomática opera por disparo eléctrico tem de comprimento 5347 mm, pesa 1.128 kg tem uma cadência de tiro de 3 a 6 tiros por minuto e dispara granadas explosivas anticarro M456A1, granadas explosivas plástico M393A2 e granadas de fumo L39A2. A metralhadora coaxial está montada à esquerda da peça e metralhadora de 12,7 mm na cúpula do comandante. Os travões e direcção são mecanico hidraulico e a suspensão é do tipo barra de torção/amortecedores. O sistema electrico é de 24 volts.
Uma lâmina ou um sistema de rolos para limpeza de minas, podem ser montados na frente.

PERCURSO EM PORTUGAL

Fornecidos pelos EUA ao abrigo do tratado CFE (Conventional Forces Europe), provenientes de um depósito norte-americano, em Germersheim, na Alemanha.

Prestaram serviço no Regimento de Cavalaria n.º 4 (Grupo de Carros de Combate e Esquadrão de Reconhecimento da Brigada Mista Independente/Brigada Mecanizada) e na Escola Prática de Cavalaria.

Pela Portaria 75/98 (2ª Série), o Ministério de Defesa Nacional, em conjunto com o Ministério das Finanças autorizam o comando da Logística do Exercito a celebrar um contrato com a NATO Maintenance and Suply Agency (NAMSA) para modernização dos carros de combate M60A3TTS no âmbito do programa «recuperar o material recebido no âmbito do Tratado da CFE» no montante de 5.951.903.598$. 

Foram retirados de serviço activo no dia 13 de Março de 2018.
De acordo com o despacho 1484/2020 de 31/01, foram disponibilizados para alienação por via da desmilitarização, desmantelamento e recolha com destino a sucata 90 M60A3 e 7 M60A2. 

MATRICULAS

MX-62-05 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-62-08 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-62-13 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-62-16 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-62-22 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-62-36 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-65-20 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-65-21 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-65-22 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

MX-65-23 - o/c 1992 - wfu 2018 - para sucata.

 

o/c - on charge

w/o - write off

wfu - withdraw from use

ENTREGAS

1990 - 07 carros (A2).

1992 - 80 carros (A3).

1995 - 10 carros (A3).

VERSÕES  

Foram recebidas sete unidades do Carro de Combate 50 ton. D 152 mm M60A2 M/73-90 (Instrução).

ESQUEMA DE PINTURA

O casco, pintado em verde-azeitona ou verde-artilharia, fosco. Têm pintados, por baixo da cúpula do condutor, o respectivo símbolo do Esquadrão a que pertencem. Para além do símbolo, dos números do carro pintados a preto nas laterais da torre, têm também a matricula pintada na parte central do casco frontal e no guarda-lamas traseiro esquerdo, com letras e números a preto, a matrícula.

Alguns carros do 2º Esquadrão do Grupo de Carros de Combate, tinham uma camuflagem obtida com lama "pintada", em grandes manchas, sobre a pintura da viatura.

MODELISMO

https://www.scalemates.com/search.php?fkSECTION%5B%5D=All&q=M60a3

FONTE

COSTA, Luís - Jornal do Exército (Secção Modelismo) - Setembro/Novembro 1997, Janeiro 1998, Maio 1999.

FOSS, Christopher F. - Jane's Tanks and Combat Vehicles Recognition Guide - Harper Collins - 2002.

Despacho 1484/2020 de 31 de Janeiro - alienação de material de guerra - viaturas blindadas.

Ficha de Material do Exército Português nº 12220.2350.08 - Viatura Blindada Lagarta.

FONSECA, Luís Nunes - O carro de combate M60A3 na cavalaria portuguesa - Jornal do Exército.

M60A3TTS "Patton"

M60A3TTS "Patton"